O helicóptero do Samu é acionado para atender ocorrências
em que os pacientes estão em estado grave e precisam ser muito rapidamente
levados ao hospital. Mas em muitos casos, principalmente em acidentes de
trânsito em rodovias, uma transfusão de sangue no local do acidente poderia
significar salvar uma vida.
De olho nesta realidade, nesta segunda-feira, 17, a base
aérea do Samu Maringá lançou um serviço inédito no Paraná. Bolsas de sangue
serão carregadas no helicóptero do Samu para que possa ser feita uma transfusão
imediata.
As bolsas de sangue, do tipo O-, por ser o doador
universal, ficará dentro de uma bolsa térmica, cuja temperatura é controlada
por aplicativo. Caso o sangue não seja utilizado dentro de quatro dias, será
trocado com o Hemocentro Regional de Maringá. Isso porque o sangue tem prazo de
validade.
É o que explica o coordenador médico das operações aéreas
do Samu, Maurício Lemos.
“A literatura mundial já define que o paciente que recebe
sangue precoce quando está em situação de hemorragia extrema, junto com todo o
atendimento, é o que, realmente, modifica desfecho e diminui a mortalidade”,
disse Lemos.
Foi um processo longo para que esse serviço pudesse ser
autorizado, como explica o coordenador do Samu Norte Novo, Maurício Caetano.
Ele reforça para que as pessoas doem sangue.
“Antes fazíamos o resgate e levávamos para o hospital, lá
ele receberia o sangue. Agora, quando necessário, ele vai receber o sangue na
cena já, por que isso é um fator decisivo na sobrevida do paciente”, disse
Caetano.
Segundo o Samu, existe um protocolo específico para pessoas
que não recebem transfusão sanguínea por questões religiosas.
O serviço começou a operar nesta segunda-feira, 17. Pela
manhã, não houve nenhuma ocorrência que necessitasse de transfusão imediata.
Desde que foi inaugurada, há quase seis anos, a base do Samu aéreo de Maringá já realizou mais de 3.600 atendimentos de emergências clínicas e traumáticas