sexta-feira, 17 de junho de 2022

Nota de pesar sobre assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips

 


É com muito pesar que lamentamos o cruel assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Os ativistas estavam desaparecidos desde domingo (5) e foram vistos pela última vez na região do Vale do Javari, na Amazônia. De acordo com a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), eles haviam recebido ameaças.

O que tem se tornado o Brasil, afinal? Nos últimos três anos, nosso país vem se configurando cada vez mais em uma terra em que a única lei válida é a do “vale-tudo”. Vale a invasão e grilagem de territórios; vale a proliferação do garimpo; vale a extração ilegal de madeira; vale todo e qualquer conflito territorial… e vale matar para garantir que nenhuma dessas atividades criminosas sejam impedidas de acontecer. E tudo isso alimentado pelas ações e omissões   do governo brasileiro.

 "Abandono e revolta. São esses os sentimentos que devastam todos nós que, daqui ou de fora da Amazônia, entregamos nossas vidas à defesa dessa floresta e de seus povos. Graças às ações e omissões de um governo comprometido com a economia da destruição, ficamos órfãos de dois grandes defensores da Amazônia e, ao mesmo tempo, reféns do crime organizado que hoje é soberano na região", afirma Danicley de Aguiar, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.

 

Ao longo dos últimos três anos, os povos da floresta vivenciam um aumento vertiginoso da violência em seus territórios, e dentro do Congresso a situação não é diferente. Enquanto o mundo lamenta a perda de Bruno Pereira, de Dom Phillips, tramitam no Congresso projetos de lei que ameaçam as Terras Indígenas (TIs) brasileiras, como o PL 191/2020, que libera  a mineração e outras formas de exploração econômica dentro de TIs; e o PL 490/2007 que, de maneira inconstitucional, advoga em favor do Marco Temporal.

 A cada dia que passa, a política anti-indígena do Brasil de Bolsonaro avança a passos largos e os direitos dos povos originários são violados permanentemente.

 "Já basta. O mundo tem de acordar e tomar as medidas necessárias para pôr fim à violência e à repressão intoleráveis que assolam a Amazônia. A maior homenagem que podemos prestar agora a Bruno e Dom é continuar o seu trabalho vital até que todos os povos do Brasil e as suas florestas estejam totalmente protegidos", declara Pat Venditti, diretor executivo do Greenpeace Reino Unido, país de origem do jornalista Dom Phillips, e que tem dado suporte à equipe do Greenpeace Brasil no acompanhamento do caso.

Às famílias, amigos, ativistas, povos indígenas e todas as pessoas que advogam pela vigência dos direitos humanos, o nosso mais sincero pesar e solidariedade.



quinta-feira, 16 de junho de 2022

Prefeitura entrega notebooks para escolas e CMEIs e reforça educação de qualidade

A gestão municipal investe na valorização dos profissionais da educação e em metodologia de ensino moderna e conectada às tecnologias. Como parte dessas ações, a Prefeitura de Maringá entregou nesta quarta-feira, 15, 116 notebooks para as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Cada unidade escolar recebeu um equipamento para impulsionar a qualidade do ensino.

O prefeito Ulisses Maia participou da entrega dos equipamentos para os diretores das unidades.

Ele destacou os investimentos da gestão municipal em estrutura física, valorização dos profissionais, material pedagógico de qualidade e acesso à tecnologia para a garantia da qualidade de ensino. “A tecnologia é essencial para que os serviços prestados ao cidadão sejam cada vez mais eficientes”, disse.

Além dos 116 notebooks, todos os professores da rede municipal receberão um equipamento para uso pessoal.



A Prefeitura de Maringá adquiriu 3,3 mil equipamentos da marca HP, um investimento de mais de R$ 17 milhões que vai proporcionar avanço profissional para todos os servidores.

A primeira remessa com mais de 1,5 mil notebooks já foi entregue pela empresa e o restante será recebido em breve.

A entrega dos equipamentos para as unidades escolares foi uma surpresa para os diretores. Eles foram convidados para uma palestra sobre tecnologias na sala de aula com o palestrante Nelson Tenório. Ao final da formação, foram surpreendidos pelo prefeito Ulisses Maia com a entrega dos notebooks. “Ficamos muito felizes com esse momento de entrega. Os equipamentos incentivam o trabalho de qualidade das nossas equipes”, destacou a secretária de Educação, Tania Periotto.

Por: Murillo Saldanha / PMM

Foto: Mileny Melo / PMM -

Cientista encontra fósseis de árvores com cerca de 290 milhões de anos no Paraná

 




Cientista da UFPR descobriu o material em Ortigueira. Floresta é a terceira localizada na América do Sul - e a única com bom estado de conservação, segundo a pesquisadora.

Uma floresta de fósseis de árvores com cerca de 290 milhões de anos foi descoberta em Ortigueira, no Norte Pioneiro do Paraná. O achado foi publicado pela pesquisadora Thammy Mottin, doutoranda da Universidade Federal do estado (UFPR).

Inicialmente, a busca era por informações da glaciação registrada entre os períodos Carbonífero (359,2 milhões a 299 milhões de anos atrás) e o Permiano (299 milhões a 251 milhões de anos atrás) e a passagem para uma fase pós-glacial.

Mas, em novembro de 2018, a equipe identificou o grupo de mais de 150 licófitas, plantas quase completamente extintas, em pé, em posição de vida, perpendiculares às camadas de rocha.

Na América do Sul florestas semelhantes foram descobertas em apenas outros dois lugares: na Patagônia argentina e no Rio Grande do Sul. Em Ortigueira, a surpresa foi ainda maior para os pesquisadores por conta da boa preservação das estruturas.

Segundo Thammy Mottin, árvores nesta posição são comuns na América do Norte, mas na América do Sul sempre foram encontradas deformadas e em número muito inferior ao registrado no Paraná.

"Fiquei emocionada de verdade. Nunca imaginei descobrir algo tão grandioso e lindo. Tem importância nacional e em toda a área do hemisfério sul. Ocorrências de plantas tão antigas e tão bem preservadas, além da forma de conservação bastante incomum, são raras em todo o mundo", disse.

Conforme o estudo, as evidências geológicas mostram que a floresta ficava às margens de um rio e acabou soterrada por conta de uma inundação com a água carregada de sedimentos.

"Esse soterramento foi tão rápido na escala de tempo geológica que as árvores morreram em posição vertical. No âmbito científico, as licófitas encontradas no Paraná diferem bastante das vistas na América do Norte e Europa. Há potencial para a realização de estudos adicionais na área de Ortigueira que podem impactar em temas globais como a colonização do ambiente terrestre, evolução deste grupo de plantas e comparação com o registro do hemisfério norte atual", explicou.

A cientista explica que os indícios são de que o soterramento foi tão rápido que é como se a floresta estivesse "congelada no tempo, da exata maneira como existia, há centenas de milhões de anos".

A doutoranda reforçou a importância de preservar o achado para que essa parte da história continue sendo acessada. De acordo com ela, é necessária atuação de órgãos ambientais para a conservação do local, sob risco de interferência humana.

 O Governo do Paraná informou que não foi comunicado formalmente da descoberta, mas que entrou em contato com a pesquisadora após ter conhecimento da pesquisa. O g1 tenta contato com a Prefeitura de Ortigueira sobre a descoberta.

"Eu queria enfatizar também a importância do apoio à pesquisa. Essa descoberta só foi possível graças ao investimento em pesquisa por órgãos de fomento como a CAPES e CNPq", finalizou a pesquisadora.

Além de Thammy, participaram da pesquisa e da elaboração do artigo científico o co-orientador da doutoranda, o paleobotânico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Roberto Iannuzzi, o orientador da UFPR, Fernando Vesely, e os pesquisadores americanos Isabel Montanez, Neil Griffis Alex Lombardo.



Por Bárbara Hammes, g1 PR — Ponta Grossa

 Foto: Arquivo Pessoal/Thammy Mottin

Prefeitura no Paraná abre concurso público com 70 vagas e salário de até R$ 11,9 mil

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